É senso comum que há um
significativo aumento das doenças
respiratórias nos meses mas frios, mas as baixas temperaturas trazem outra preocupação,
já que nesta época do ano é maior o risco de doenças cardiovasculares, com
aumento do número infartos em até 40% e
de AVCs em até 30%.
O
inverno requer cuidados redobrados com a saúde.
Há três
fatores principais que aumentam a probabilidade de problemas no coração durante
nesta época mais fria do ano.
O
primeiro é uma alteração de natureza fisiológica. A queda de temperatura leva à
vasoconstrição arterial, que é a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos.
Isso ocorre em situações em que necessário manter o corpo aquecido,
principalmente quando há choque térmico. Trata-se de uma adequação do organismo
que, como resposta à redução da temperatura corporal, passa a produzir mais substâncias
vasoconstritoras, como adrenalina e noradrenalina, elevando a frequência
cardiaca e a pressão arterial média.
Esse
mesmo mecanismo também aumenta a espessura dos vasos sanguíneos. Isso dificulta
a circulação e aumenta consideravelmente o esforço que o coração precisa fazer
para bombear sangue.
A
alteração faz com que haja maior circulação sanguínea no tórax e abdômen e
menos nas extremidades do corpo. Aí está a explicação para que as pessoas
fiquem com os membros com aparência mais pálida e mãos e pés gelados.
O
segundo fator de risco para todo o sistema cardiovascular está relacionado ao
aumento no número de casos de infecções respiratórias, o que leva ao aumento de
inflamações nos vasos sanguíneos. “Há um aumento na velocidade de formação de
placas de aterosclerose. As artérias ficam mais instáveis e propensas a
alterações agudas. Se as artérias já estiverem com placas de cholesterol
instaladas, os riscos aumentam.
Estes
dois processos podem levar à redução do diâmetro das artérias e até ocluí-las
completamente, causando infarto, acidentes vasculares cerebrais ou até mesmo a
morte súbita.
O
terceiro fator é o aumento da viscosidade do sangue causada pela redução da
temperatura. Como o sangue fica mais denso, facilita a formação de trombos nas
coronárias ou em outras artérias no organism.
Em
alguns casos, pode ocorrer a combinação dos três fatores.
Uma
forma de prevenir o problema é ficar atento à presença de fatores de risco, principalmente
hipertensão, diabetes e tabagismo, controlando essas enfermidades com maior
rigor nos meses mais frios.
O
sedentarismo, a pouca ingestão de líquidos e o aumento de consumo de alimentos
calóricos também podem agravar o quadro.
Como um
infarto pode ocorrer sem dor, é essencial ficar atento a alguns sinais: náuseas,
vômitos, dor abdominal, diarréia e sudorese fria, por exemplo.
É
fundamental detectar os sinais para que o atendimento médico seja o mais
precoce possível.
Cuide-se!
Previna-se!
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