As doenças cardiovasculares, de um modo geral, são o conjunto de doenças
que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos
sanguíneos, portanto não afetam apenas o coração, mas podem acometer o sistema
nervoso central, os rins e a circulação arterial periférica.
As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes
no Brasil a cada ano. Em 2013 mais de 300 mil pessoas faleceram de infarto
agudo do miocárdio ou de acidente vascular cerebral.
Cerca de 60% dessas vítimas são homens, ao redor dos 55 anos de idade. O
Brasil já está entre os países com maior número de mortes por doenças
cardiovasculares, e até 2030 poderemos nos tornar o país com maior número de
portadores de doenças cardiovasculares.
Estes números são estarrecedores, pois mostram que viveremos em breve
uma epidemia de doenças cardiovasculares no Brasil, acometendo sobretudo
adultos jovens, em sua fase mais produtiva da vida, podendo levá-los a morte ou
deixando sequelas incapacitantes, com enorme impacto pessoal, familiar, social
e previdenciário.
Na maioria das vezes observa-se um aumento progressivo de placas de
gordura e cálcio no sistema arterial, o que vai dificultando progressivamente a
passagem do sangue.
Há dois componentes sobrepostos no desenvolvimento da aterosclerose, o
genético e o principal, que é o comportamental.
A idade e a história familiar aumentam o risco de desenvolvimento de
doenças cardiovasculares. Estes dois fatores não são evitáveis.
Contudo, existe um outro conjunto de fatores de risco individuais
modificáveis e que estão, sobretudo, ligados ao estilo de vida atual, cada vez
mais urbano.
- Tabagismo -
Principal causa de mortes evitáveis no mundo, metade das quais devido à
aterosclerose. Os efeitos do tabagismo sobre o sistema cardiovascular são
catastróficos, sobretudo nas mulheres que usam anticoncepcionais orais.
Neste subgrupo o risco de infarto agudo do miocárdio aumenta de seis a
oito vezes. A interrupção do tabagismo, a qualquer momento é
isoladamente a medida preventiva mais importante para as doenças
cardiovasculares.
- Sedentarismo -
A inatividade física é hoje reconhecida como um importante fator de risco
para as doenças cardiovasculares, acometendo número cada vez maior de
jovens. A pratica rotineira de atividade física, por uma hora, pelo menos
03 vezes por semana é fundamental, devendo-se evitar o frio ou calor
excessivos. Use roupas leves, faça aquecimento, alongamento muscular e
comece progressivamente. A qualquer sintoma anormal, como cansaço, dor
ou palpitação, pare imediatamente. Neste caso, procure a
orientação do seu cardiologista. É importante salientar que pessoas que
não praticam esporte regularmente devem fazer uma consulta médica para
afastar a possibilidade de existência de doença cardíaca.
- Obesidade e
Diabete Melito – Dois fatores de risco frequentemente associados e
mutuamente influenciáveis. O excesso de peso, sobretudo da “gordura
abdominal”, aumenta o risco de desenvolvimento de todas as
doenças cardiovasculares e do próprio diabete melito, que por si só já é
um grande fator de risco.
- Maus hábitos
alimentares – A alimentação inadequada está associada a ocorrência de
diversas doenças cardiovasculares, pois interfere direta e indiretamente
na ocorrência e agravamento de vários fatores de risco, como obesidade,
dislipidemia (colesterol elevado), diabete melito e hipertensão arterial
sistêmica.
- Dislipidemia
(Colesterol Elevado) – Inicialmente é importante que se saiba que
colesterol é fundamental ao corpo humano. O problema é quando sua dosagem
total está elevada no sangue, ou quando a fração, chamada de mal
colesterol (LDL) está elevada ou ainda quando o bom colesterol (HDL) está
baixo demais, ambos são prejudiciais a saúde. O excesso de triglicérides
também está associado a um aumento do risco de doenças cardiovasculares,
sobretudo em mulheres. O controle dos hábitos alimentares é
fundamental para o controle adequado nos níveis de
colesterol. Deve-se evitar, em princípio, qualquer tipo de gordura
animal, e também verificar a forma de preparo das refeições. É
fundamental reduzir o consumo das carnes vermelhas, abolir a gema de ovo e
aumentar carnes brancas e peixes. Deve-se abolir as frituras, preparando
os alimentos assados ao forno, cozidos, ou grelhados. Os óleos
recomendados são os vegetais, em especial o de milho, de girassol ou de
canola e o de oliva. Recomenda-se aumentar a ingestão de fibras como
aveia e granola e praticar exercícios físicos com frequência.
- Hipertensão
Arterial – A definição atual é de pressão arterial sistólica
(“máxima”) superior ou igual a 120 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou
valores de pressão arterial diastólica (“mínima”) superiores ou iguais a
80 mm Hg. A hipertensão arterial está associada a um maior risco de
doenças cardiovasculares, particularmente o acidente vascular cerebral.
- “Stress” - O stress é
inevitável enquanto vivemos, sendo uma consequência do ritmo de vida
atual.
O mais indicado quando se trata de doenças cardiovasculares é a
prevenção. As pessoas devem se habituar a procurar rotineiramente um médico,
mesmo que estejam assintomáticos para medir pressão arterial, dosagem da taxa
de açúcar no sangue e do colesterol, controle de peso, orientação nutricional,
etc. A visita regular é fundamental para serem identificados os fatores de
risco.
Homens a partir dos 40 anos de idade e mulheres a partir dos 45 devem
passar por uma avaliação cardiológica anualmente.
Uma consulta inicial englobaria além da obtenção dos hábitos de vida, do
histórico familiar, do exame físico completo, a solicitação de alguns exames
simples: Eletrocardiograma de repouso, radiografia de tórax, dosagens de
glicose e colesterol.
Nos pacientes com histórico de tabagismo, diagnóstico precoce de diabete
melito, hipertensão arterial sistêmica, colesterol elevado ou história familiar de doença cardiovascular, os exames deveriam começar maos cedo (05 anos antes) e ter um acompanhamento mais frequente.
Uma alimentação saudável, rica em fibras, frutas, verduras, legumes, grãos, consumo leve de alcool e alimentos pobres em gorduras "trans", contribui para o controle do peso, da dislipidemia, do diabete melito e da hipertensão arterial, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.
Determinação e Fé na Eterna Luta pela Vida!
Uma alimentação saudável, rica em fibras, frutas, verduras, legumes, grãos, consumo leve de alcool e alimentos pobres em gorduras "trans", contribui para o controle do peso, da dislipidemia, do diabete melito e da hipertensão arterial, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.
Determinação e Fé na Eterna Luta pela Vida!
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